jueves, 15 de septiembre de 2011

Tesis de la profesora Cristiana MARTINHA de la Universidad de Porto (II)

2 comentarios:

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  2. A leitura do texto trouxe a seguinte reflexão.
    Em diferentes momentos da construção docente do educador de Geografia é inegável o vácuo que existe entre a graduação e a realidade escolar, o que gera um ambiente contraditório entre a Geografia das universidades e a das escolas básicas. O que problematiza ainda mais o pensar o valor formativo da Geografia.
    Mesmo com tantas temáticas e questionamentos que dominam o educador em formação e até mesmo o que está em atuação, é possível afirmar que a Geografia tem funções claras em três aspectos básicos (COSTELLA e SCHÄFFER 2012, P.14): a escola e a formação do cidadão – entendendo que cidadão é aquele que consegue participar e lidar com segurança com a complexidade do mundo, o professor é o mediador desta ação elucidando as coisas do mundo, quem mostra que é possível agirmos ante o imprevisível. Aprendizagem – o conhecimento é formado socialmente, construído, e sua construção não é linear, não se restringe a um único caminho, e acima de tudo não garante um único resultado. Assim o educador não pode prever um único resultado para suas ações. A Geografia é a disciplina escolar que possui seus objetos de aprendizagem e núcleos conceituais a partir de uma abordagem comprometida com a realidade social. O ensino – o educador não pode estar sozinho, para ensinar e para aprender, é necessário ter parceiros com quem conversar, refletir, analisar, refutar, brigar, combinar... O que possibilita a avaliação sistemática dos processos, para poder haver o redirecionamento do que está sendo desenvolvido, onde se criam novas possibilidades.
    Seguindo esse pensamento de avaliar a ação do educador Paulo Freire, na obra Pedagogia da Autonomia (1920), ressalta que para se ensinar é necessário bom senso. Esta prática engendra aberturas que admite e adverte quanto aos sinais imitidos pelos educandos sobre seus comportamentos, alertando para o necessário processo de revisão das ações pedagógicas e interação com a classe.
    São muitos os paradoxos na Geografia, mas parece lógico que no atual estágio de compreensão dos processos pedagógicos que as práticas devem estar embasadas na perspectiva de quem é o agente receptor do saber, lembrando que o receptor se configura como autônomo e ativo na transformação do saber em conhecimento. Logo o fator “individualidade/historicidade” é importância no processo de transformação das formas de ensino.
    Ante a “individualidade/historicidade” do educando pode-se justificar a necessária abordagem do lugar para a interação com a Geografia. Sendo o educando um ser histórico, e levando em consideração que os educando do sexto ano se relacionam na maior parte do tempo na escola e no bairro em que vive, é oportuno traçar os eixos geográficos de acordo com o lugar que conhecem, facilitando a interação do conhecimento com algo concreto.
    Conceber o Ensino de Geografia deveria ocorrer de forma prospectiva. A dedicação à abordagem do mundo como ele é para fazer a trilha do caminho para o passado, e não mais utilizando o “objeto morto - pretérito” como cerne das abordagens. Contemplar o presente como elo com o passado, a história do Lugar e a própria condição de formação social e educacional (se é que podem ser separadas) da comunidade escolar e dos discentes, configura os novos caminhos do Ensino de Geografia.
    Repensar os caminhos do ensino de Geografia é fundamental para descaracterizar as concepções errôneas que foram ensinadas durante anos dentro das escolas. Abandonando a Geografia vinculada a meros processos de repetições e de decorar aspectos físicos, frutos de uma educação vinculada a necessidade social de obtenção de números qualificadores e não da formação cidadã dos educandos.
    Bruno Maciel - Programa de pós graduação em Geografia UFGRS.

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