martes, 19 de junio de 2018

A Geografia escolar em Brasil: notas para um debate


Adjuntamos reflexiones sobre el  I Colóquio Internacional de Educação Geográfica de Roberto Marques.

https://drive.google.com/open?id=1JrslK4Mi1Icmq1rzLc-DHa-VwzvXkYw-

12 comentarios:

  1. O texto explicita as tensões vivenciadas na formação de professores de geografia, bem como na formação de professores de forma geral no Brasil. Essas tensões, tem sido provocadas pelas reformas do ensino em nosso país, tais como: nova Base Nacional Comum Curricular, as mudanças no ensino médio e as exigências para atingir melhores notas em índices como IDEB.
    O texto provoca a pensar em interrogações, como por exemplo: formar professores que instrumentalizem seus alunos para atingir notas satisfatórias na prova Brasil e assim aumentem o IDEB? Ou formar professores que estejam preocupados com construção de uma leitura critica das relações entre sociedade e natureza no caso da geografia, juntamente com seus educandos sem ter como objetivo a disputa por melhores notas na prova Brasil? Ou ainda como aliar compromisso com a criticidade e desempenho nos instrumentos avaliativos, tais como prova Brasil no ensino fundamental que esta atrelada ao IDEB?
    Helena Bonetto/Aluna UFRGS

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  2. Muito interessante esta proposta de reflexão. Ao final do texto, o autor coloca que no cenário atual, desenha-se um contexto no qual a formação de professores será definida a partir de uma práxis que se constitui como reflexão da prática e não uma práxis no sentido gramsciano a qual, segundo Marques, é uma práxis reflexiva com sentido político. Entretanto, a política não é algo descolado do cotidiano, ou seja, não temos todas as ideias políticas a priori, mas as construímos e reconstruímos diversas vezes no encontro com o outro. Dessa forma, podem ser positivas as propostas que aumentam a quantidade de práticas vinculadas à docência, desde que estas não incorram em uma diminuição dos espaços reflexivos e de troca com outros professores em formação. Acho importante discutirmos e problematizarmos os impactos que as propostas políticas citadas pelo autor (BNCC e Escola Sem Partido) terão na formação docente, mas não é prudente, para negar políticas que se discorde, que se incorra na ação de pensar que antes destas políticas a formação de professores "estava bem". A educação, assim como a política, será eternamente um jogo de forças e não existe um ponto de chegada em que um dia será possível dizer "paramos por aqui". A constância da mudança, às vezes mais e outras menos acertadas, faz parte da política, faz parte da educação, faz parte da vida. Paula Lima Vanacor, estudante da UFRGS, 2019/1.

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  3. De forma geral, o texto discute a formação de docentes face ao contexto atual brasileiro de novas políticas e leis que estão transformando o espaço escolar nos levando a pensar o que elas estão realmente demandando?
    O autor Roberto Marques evidencia declarações do ex ministro da educação Mendonça Filho sobre o programa de residência pedagógica as quais tem o intuito de mostrar que a formação de professores no Brasil é defasada e que o problema da educação brasileira é a falta de professores qualificados. Face a isso, pode-se pensar em qual significado de qualidade está se falando. A qualidade almejada nesse novo quadro brasileiro é aquela medida em números e estatísticas em que apresentam-se algarismos para a população. Para muitos dos que não compreendem o processo educativo, esses números refletem o aprendizado de um aluno (ou a qualidade da educação de um país) porém, sabemos que aprender é muito mais complexo do que uma nota. O que percebe-se é que as novas políticas e leis vão em direção a uma qualidade educacional pensada exclusivamente para o sistema produtivo, ou seja, são voltadas para o mercado de trabalho e isso reflete na formação de professores. Essas são as demandas pela “docência do século XXI” das quais trata o autor do texto.
    É possível concluir com a leitura, que para muitos dos nossos representantes políticos, o conhecimento válido é aquele que se pode apresentar em números e em aprovações em concursos o que acaba tornando os documentos e políticas públicas desconexas do cotidiano escolar e do cotidiano do aluno.
    Mariana Costa de Freitas - Aluna de Geografia da UFRGS

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  5. O presente texto é de suma importância para pensarmos a educação e tentar entender onde de fato está o “erro”, se é na formação dos professores ou não. E quando o autor analisa as políticas públicas para educação é perceptível que o plano é conseguir alcançar a meta que tende a uma lógica produtiva . Esquecendo que a educação é um processo lento e árduo, sem se importar que precisamos de uma educação de qualidade. Contudo essa busca incansável por resultado acaba esmagando os professores e deixando sem saída nesse sistema fechado.No atual governo só vem piorando dia após dia.Tratando professores e alunos como objeto que precisam dar resultados e eliminando o ofício do ser docente.
    Evelyn da Silva Martins- Aluna de geografia UFRGS- Estágio Supervisionado em Geografia II-EDU02047

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  6. A partir de uma breve apresentação da atual conjuntura social, cultural e política brasileira, o autor nos leva a refletir sobre a atual formação docente no Estado brasileiro. Com base em mudanças na estrutura educacional, apoiadas na construção de novas políticas públicas voltadas a educação, a construção do “ser” docente acaba sendo levada apenas ao patamar quantitativo, utilizando os aspectos estatístico para pautar a qualidade da educação nacional e consequentemente a eficácia e eficiência dos docentes brasileiros.

    Esse modelo estruturado, e que traz a população números e resultados estatísticos, não representam com autenticidade o preparo do docente, visto que a formar cidadãos com pensamentos críticos não passa necessariamente por “transferência” de conteúdos científicos.

    Além disso, nos faz pensar qual é o verdadeiro papel da educação e do professor, que é um dos agentes que estão na linha de frente do processo de aprendizagem.

    Sendo assim, após a vitória de uma direita conservadora, nosso país se vê em uma situação pouco otimista, projetos como o “escola sem partido” cerceiam os professores e interferem diretamente no processo de construção do licenciando e licenciado.

    O professor de Geografia atuando como um “cientista” que estuda as relações entre o ambiente e sociedade, também está sujeito, juntos aos demais, a essas limitações impostas pelo atual governo.

    Renan Vallejo – Licenciando em Geografia – Estágio supervisionado em Geografia II - UFRGS

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  7. O texto traz um debate interessante sobre novas perspectivas na educação brasileira e como as políticas que as seguem podem influenciar na construção da identidade docente e no papel do professor. A partir de algumas provocações o autor cita a aparente preocupação de instituições como o MEC com a formação dos professores nas universidades, enxergando-a como um problema a ser enfrentado e uma das questões centrais da qualidade da educação brasileira. O principal ponto neste segmento do texto é a discussão sobre o direcionamento da escola para suprir os interesses de mercado, fazendo com que os conhecimentos válidos sejam aqueles tidos como úteis dentro de uma lógica neoliberal. Outro ponto extremamente relevante é trazido pelo texto através do exemplo dos cursos pré-vestibulares que incorporam à sua equipe de professores estudantes que estão cursando os primeiros semestres da faculdade para que estes possam ser formados livres de concepções “contaminadas” pelo curso. Isso mostra a desvalorização das licenciaturas, a falta de importância dada aos conhecimentos construídos a respeito da educação que são trabalhados durante os cursos de licenciatura. Em minha experiência como licenciando posso afirmar que sem o conhecimento desenvolvido nas aulas, principalmente naquelas com foco na disciplina de geografia, minha capacidade de atuar em sala de aula seria extremamente limitada; é durante os debates com os colegas e nos relatos dos professores que conseguimos ampliar nossa visão a respeito do papel do professor em sala, podendo construir aulas que fujam de estereótipos e que tenham o aluno como o personagem central.
    Lucca Cunha - Estudante de Geografia/UFRGS

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  8. A educação de professores no Brasil é feita de maneira muito teórica, com poucas oportunidades para a prática do ensino. São muitos textos, discuções em aula sobre os textos e praticamente nenhum contato com crianças/alunos durante o período de estudo nas universidades. Quando o aluno entra em sala de aula ele é obrigado a se virar sozinho e improvisar na hora de ensinar.
    RODRIGO RIBEIRO CAMPOS, GEOGRAFIA UFRGS

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  9. É explicitado ao longo do texto uma dualidade sobre tipos de profissionais educadores, bem como dos tipos de formação. O mais importante, que é o destacado no arquivo, é a necessidade da prática reflexiva nos contextos escolares e cotidianos; além de tudo, quando fala da lei 13.415/17, o autor demonstra a profunda necessidade desta atitude reflexiva na vida dos alunos que, junto com os professores, são "reféns" de direitos e objetivos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Destaca-se que a meta de 5,2 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para 2021, não passa de uma tentativa de atingir resultados sem se preocupar com o processo de aprendizagem. Considerando que o pensamento crítico, seja, na verdade, a resposta para uma educação efetiva de 'resultados', torna-se ridícula a busca por uma posição entre os 20 países mais bem colocados na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), pois evidencia a real preocupação, de dirigentes públicos e privados, com a lógica neoliberalista de produção: metas e resultados.
    Do que se esquecem estes, é do poder que possuímos ao assumir e semear o pensamento crítico e construtivo, que evidencia mostra o mundo real e suas diferentes maneiras de expressão, comunicação e compreensão/interpretação.
    Assim sendo, a não obrigatoriedade do ensino e inclusão de Geografia nos currículos escolares prova a receosidade "daqueles" com a formação de cidadãos pensadores e críticos ao que se dispõe como 'pronto' e 'feito'.
    MATEUS SALVADOR DA ROSA - LICENCIANDO EM GEOGRAFIA - UFRGS.

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  10. O texto fala sobre a formação de professores, em nossas faculdades não estão sendo formados professores de geografia,ou qualquer outro curso adequadamente, por exemplo, eu estou quase ni fim da minha formação e não me sinto pronto para ministrar uma aula.
    Necessitamos de muita discussão, muita conversa para atingirmos as metas que estão sendo propostas, porque isto é um processo lento, não se faz com uma canetada e pronto, a mágica acontece e tudo vai começar a surtir efeito.A licenciatura precisa ser revista, melhorar,e muito a preparação dos licenciandos,estamos chegando em sala de aula muito longe do ideal para suprir as necessidades dos nossos futuros alunos. A grande quantidades de textos que temos que ler, muitas vezes(maioria) não nos leva a lugar algum, acabamos por não absorver o que se deveria, acho isto uma das causas de nosso despreparo, a falta de incentivos, como baixos salários,e falta de apoio das autoridades que nos dirigem. Silvio Martini- licenciando em geografia UFRGS.

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  11. O texto de Roberto Marques aborda uma série de tensões presentes na educação brasileira, que encontra-se em meio ao surgimento e debate de novas perspectivas e ataques que podem transformar profundamente aspectos concernentes à docência, como a identidade do professor, seu papel e o propósito para o qual educamos. Na atualidade, estão surgindo novas demandas à formação docente, que esteja conectadas à educação do século XXI; isto é, uma educação e um exercício docente cada vez mais alinhado às demandas do setor produtivo. Esta relação explicita-se nos discursos, principalmente por partes de organizações financiadas por setores privados e entes governamentais, como o próprio MEC. Estes discursos, sempre direcionados à melhora geral dos estudantes em indicadores de eficiência das escolas e educandos, como o IDEB, buscam impor metas de rendimento que estejam cada vez mais alinhados a outros países do mundo, como aqueles da OCDE. Evidentemente, um pensamento cada vez mais voltado a uma qualidade que possa ser mensurada em números, entra em oposição a uma educação pensada na formação do pensamentberto Marques aborda uma série de tensões presentes na educação brasileira, que encontra-se em meio ao surgimento e debate de novas perspectivas e ataques que podem transformar profundamente aspectos concernentes à docência, como a identidade do professor, seu papel e o propósito para o qual educamos. Na atualidade, estão surgindo novas demandas à formação docente, que esteja conectadas à educação do século XXI; isto é, uma educação e um exercício docente cada vez mais alinhado às demandas do setor produtivo. Esta relação explicita-se nos discursos, principalmente por partes de organizações financiadas por setores privados e entes governamentais, como o próprio MEC. Estes discursos, sempre direcionados à melhora geral dos estudantes em indicadores de eficiência das escolas e educandos, como o IDEB, buscam impor metas de rendimento que estejam cada vez mais alinhados a outros países do mundo, como aqueles da OCDE. Evidentemente, um pensamento cada vez mais voltado a uma qualidade que possa ser mensurada em números, entra em oposição a uma educação pensada na formação do pensamento crítico, em que os sujeitos possuam formas de ler o mundo, em que os sujeitos possuam formas de ler o mundo e capacidades de mobilizar seus conhecimentos para agir no cotidiano.
    Esse alinhamento dos discursos certamente transformará o exercício docente cotidiano, em que os professores terão cada vez menos espaço para formar aquilo que eles almejam, como auxiliar os alunos na formação de uma leitura de mundo crítica, e precisarão, crescentemente, adequar-se a construir conhecimentos que sejam úteis ao mercado, mas que não necessariamente instrumentalizam o aluno ao pensamento crítico.
    Em tempos de debate crescente em relação ao papel da escola e da formação docente, é fundamental pensar prudentemente que professores estão sendo formados e que professores devem ser formados. Como experiência própria, sinto a necessidade de uma formação práticas docentes em maior quantidade e qualidade. Minha primeira experiência como professor em sala de aula deu-se apenas no sexto semestre (2018/2), bastante tardia. A falta de práticas docentes no início do curso, o distanciamento da universidade em relação ao espaço escolar e a escassez de materiais voltados à análise de diferentes didáticas acarretam numa má preparação e instrumentalização do professor. É preciso ter consciência de que embora a formação docente e o sistema educacional estejam passando por transformações, eles não estavam adequados anteriormente. Cabe a todos participarem desse debate, de modo que não sejam dados passos para trás, mas que esse período de mudanças possa ser aproveitado para melhorar a formação docente, com mais práticas pedagógicas e espaços de reflex~]ao.

    Gabriel Bürgel Borsato - Licenciatura em geografia - UFRGS

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  12. No texto, o autor Roberto Marques, aborda basicamente a formação docente.
    De uma forma geral o autor nos traz que a formação de professores é falha, e que nos faltam vivências em sala de aula, pois educadores além de dominarem suas disciplinas, necessitam ainda desenvolver práticas pedagógicas e didáticas.
    Fala ainda das instituiçoes privadas que a cada dia buscam contratar licenciandos ainda mais cedo, com a desculpa de "moldarem" seus próprios educadores.
    A escola cumpre cronogramas, ensina conteúdos, cria discentes aptos para aprovação em provas e concursos, mas não desenvolve em seus alunos a habilidade do pensar.

    Rafaela Martini - Liccencianda em Geografia/UFRGS

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